Posso começar esse post com uma provocação: uma terapia de casal é uma terapia de família. A Terapia Familiar Sistêmica deve se atualizar e ter uma perspectiva contextualizada e decolonial, compreendendo as realidade latinoamericanas e da diversidade de afeto, sexualidade e relacionamentos fora das caixinhas cisheteronormativas.
É preciso compreender e ampliar o repertório sobre a infinidade de manifestações dos relacionamentos humanos. Não podemos centrar nossa compreensão em textos que retratam uma realidade estadunidense, branca, de classe média alta dos anos 1980. O que há no Brasil, hoje? A compreensão de família e de etapas do ciclo vital deve ser atravessada por nosso contexto cultural, racial e econômico. Senão, como terapia familiar, eu estaria produzindo e reproduzindo violências, falta de compreensão, rigidez e conceitos copiados e colados que, claro, muito nos serviram como base para criar o que nós precisamos, em nossa realidade. Mas é preciso estar sempre atualizada e de braços abertos para a pluralidade de existências que podem (e devem"

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